LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Antes demais, é importante apresentar a minha história. Sou imigrante há cerca de 12 anos, deixei o Brasil em 2008 com apenas 12 anos de idade e muito cedo acabei por descobrir que ser imigrante, ser mulher e ser brasileira são três características que definiriam para sempre como seria tratada. Independentemente do meu comportamento, sotaque ou capacidade intelectual. Por outras palavras, a forma como somos tratadas baseia-se, quase sempre, nessas características. Com efeito, ainda muito jovem, compreendi também que estas características não devem ser consideradas vulnerabilidades, mas sim símbolos de resiliência e coragem. No entanto, existem inúmeros estereótipos e preconceitos relacionados às mulheres brasileiras em Portugal, que dificultam essa simbologia de empoderamento.
De modo geral, o principal estereótipo evidente debruça-se em torno da sexualidade da mulher brasileira, no qual elas são “explicitamente identificadas com sexo. As ideias de beleza, sensualidade e disponibilidade sexual parecem estar imbricadas entre si no imaginário da mulher brasileira”(Gomes, 2003, pp. 873–874). Mas existem outros preconceitos em torno do sotaque, da capacidade intelectual, das roupas, das músicas, entre outros. Assim, ser imigrante, mulher e brasileira está automaticamente relacionado a enfrentar diariamente comentários, posturas ou olhares que são influenciados por algumas dessas ideias machistas e xenófobas.
EM - GÊNERO E IMIGRAÇÃO - PLATAFORMA GENI - IN-FINITA
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