LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Naquela manhã tinha acordado com uma rara sensação de choro, de tristeza, de algo pesado. No banheiro, depois de um bom banho quente, vesti o roupeiro e fui para a cozinha preparar um café bem forte, para me animar. Funcionava sempre a meio gás antes do primeiro café e precisava despertar daquele torpor. Preparando as torradas com mel e manteiga, embora sem apetite, senti-me melhor e de minutos a instantes ou mesmo momentos relaxei. Afinal estava de férias e o Marco deveria passar em casa e levar-me com ele para a montanha, para passarmos 3 dias juntos. Ele passava o tempo agitado, naquele frenesim do escritório e eu no hospital também. Merecíamos este retiro. Também para nos encontrarmos um pouco. Ultimamente ele andava ausente, estranho e irritadiço...A vida moderna, dizia a minha mãe. Mas eu por vezes tinha a sensação de que estava a mais na vida dele e esta sensação de certa forma, mantinha-me mais distante dele e até evitava tocar no assunto do casamento, para não pressionar. Afinal já nos frequentávamos há 2 anos, mas tínhamos a vida toda pela frente. Um dia chegaria a minha vez, a nossa vez!
Quase que tinha conhecido os pais dele um mês antes, mas como ele me esticou a mão de longe e entrou no carro com eles, nem pude cumprimentá-los. Também estava atrasada, ía começar o turno da noite e não me podia dar ao luxo de chegar mais uma vez atrasada. Com as greves os transportes públicos, a vida estava difícil para todos. Para os grevistas e nós.
EM - INTUIÇÃO - COLETÂNEA - IN-FINITA
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