Quando nascem têm aquele poder de nos tornar melhores e de rebuscar os mais suaves sentimentos.
Como se os pudéssemos ferir com palavras inconvenientes, vozes altas, ásperos diálogos... E talvez seja mesmo isso, feridas para o futuro deles... que podemos evitar... então sorrimos e murmuramos.
Tanto tempo permanecido em pseudo-silêncio e apenas tremores ligeiros dela, ao gargalhar por uma graça e aquelas vozes que o chamavam para lá do sol e da lua. No mundo deles ainda não existem estrelas, nem cometas... apenas vozes húmidas.
Ao gritar toda a dor, na boa hora...dor que a deveriam deixar naquela sala de hospital, eles soltam-se e na nova liberdade aprendem a amar.
O toque de um dedo timidamente próximo, o murmúrio de outras vozes e os perfumes do mundo são as boas-vindas.
E aqueles beijos prometidos e desconhecidos agora servem de aconchego e o seio que alimenta... de solar que acalma cada anseio, de refúgio e nos braços que o cobriram sem sentir, agora são o seu ninho, o melhor paradeiro.
EM - PELO FIO DE ARIANA - ANA MENDES - IN-FINITA
Sem comentários:
Enviar um comentário
Toca a falar disso