domingo, 9 de junho de 2019

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... SÓNIA BISCHAIN


Agradecemos à autora SÓNIA BISCHAIN pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Escrever é uma necessidade ou um passatempo?

Sim, uma necessidade, uma urgência, uma ansiedade.

2 - Em que gênero literário se sente mais confortável?

Escrevo poemas, romances, estou me aventurando em contos, este ano. Escrevi mais romances.

3 - O que escreve é inspiração ou trabalho?

Uma mistura de inspiração, memória, experiência de vida, testemunho.

4 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Minha preocupação com a memória é muito presente nas minhas prosas, mas parto sempre de um olhar periférico, e gosto de retratar o lugar onde vivo, a Periferia de São Paulo. É um modo de preservar saberes e retransmiti-los, sempre tendo como norte o universo feminino.

5 - Qual o seu público alvo?

Pessoas apaixonadas por leituras, de qualquer idade, pessoas curiosas. Tenho conversado muito com alunos e professores da minha região, onde tenho conquistado muitos leitores.

6 - Em que corrente literária acha que a sua escrita pode ser incluída?

Acredito que os meus textos podem ser classificados como "romances históricos". Minha preocupação com a memória é muito presente nas minhas prosas, mas parto sempre de um olhar periférico, e retrato o lugar onde vivo, a Periferia de São Paulo. Já os meus poemas falam de sentimentos, partindo da observação e das sensações que resgato do meu dia a dia.

7 - Quais as suas referências literárias?

Comecei a ler muito nova, a primeira referência foi Érico Veríssimo, li tudo do Érico. E muitos outros autores e autoras na sequência, como Lígia Fagundes Telles, Carolina Maria de Jesus, Gioconda Belli, Isabel Allende, Antonio Callado, Henfil, Eduardo Galeano, para citar alguns.

8 - O que costuma fazer para divulgar o que escreve?

Eu participo de um movimento de Saraus na periferia em São Paulo, sou uma das coordenadoras do Sarau da Brasa. Fazemos um trabalho de divulgação de literatura nos encontros mensais realizados em um bar na Vila Brasilândia, também fazemos saraus em praças públicas, em escolas, bibliotecas e centros culturais. Estamos formando leitores na periferia de São Paulo. Publicamos nossos próprios livros e os de amigos, autores independentes, participantes dos saraus. Esses livros são impressos em pequenas tiragens e vendidos de mão em mão nos saraus que participamos e visitamos. A divulgação é feita também pelas redes sociais, mas uma das maiores dificuldades, sem dúvida, está na distribuição, ainda não temos uma boa resposta para esta questão.

9 - O que ambiciona alcançar no universo da escrita?

Não tenho grandes pretensões. Acredito que o que todo o autor deseja é ser lido. Um livro é escrito para ser lido e não pra ficar na estante. Encaro a escrita como uma arte. E a arte é para ser compartilhada, não para competir. Fico muito feliz quando um leitor entra em contato, após ler um livro meu, e dá sua opinião sobre a obra. Isto enriquece, faz a gente crescer, dá combustível para as próximas criações.

10 - Que pergunta gostaria que lhe fizessem e como responderia?

Por que você escreve?
Pra preservar a memória, e também porque ninguém pode dizer melhor do que eu o que vai dentro de mim, nem expressar por mim a maneira como eu vejo o mundo e o interpreto.

2 comentários:

  1. Muito grata pela fantástica entrevista. Que seja muito bem-sucedida no seu propósito de divulgar o que escreve!

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  2. Muito grata pela fantástica entrevista. Que seja muito bem-sucedida no seu propósito de divulgar o que escreve!

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