terça-feira, 5 de março de 2019

QUARTO ESCRITO (excerto) - JOÃO DORDIO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Fui de encontro ao teu abraço no final dos dedos, no agarrar da
mão, frente ao olhar, ao toque dos lábios nos lábios e língua entrelaçada
na língua e o teu abraço chegou...

Ele costuma chegar mesmo sem corpo...
Todas as noites...

Hoje com corpo, o teu abraço ficou para todos os outros dias
em que não estás estando afinal sempre... e a minha mente ficou
no teu abraço quente - a escaldar! - no dedo que percorre o rosto,
na mão que percorre os cabelos, nos lábios que percorrem outros
lábios e todas as partes do corpo que a imaginação não detém nem
controla...
Costumo habitar nesse corpo pelas casas do meu bairro de memórias...
todas as noites. A linha que não vês não pode ser cortada.
Enleia-se, dá nós, perde-se a ponta! E noutras vidas recomeça tudo
e ela volta a ligar-nos...
Um mensageiro vestido de inspiração colocou a minha mão a
escrever e a descrever abraços e eu fiquei por lá de encontro a eles.
Como Poeta que caminha com a caneta a fazer de sapatos e as folhas
do meu bloco a fazer de estrada. Por aí... pelas memórias do
meu bairro de mente...

Hoje queria apenas um abraço e um beijo teu...

EM - A PAIXÃO - ESCRITOS E DEMÊNCIAS - JOÃO DORDIO - IN-FINITA

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