terça-feira, 28 de agosto de 2018

DEZ PERGUNTAS A... MANUELA FRADE


Agradecemos à autora MANUELA FRADE a disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto autora e pessoa?

Enquanto autora o meu processo criativo sempre teve uma forte ligação às linguagens artísticas das diferentes áreas… pintura, escultura, música e dentro do mundo literário viagens, poética e lírica. Sou uma pessoa exigente nos princípios e ética e que reivindica os direitos humanos e ecológicos universalmente… portanto sou humanista e preocupada com o SER em vez do ter.

2 - O que escreve é inspiração ou transpiração?

O que escrevo nasce da inspiração e torna-se transpiração quando partilho com os outros porque permito tocarem, sentirem, vivenciarem e até recriarem a partir da minha criação.

3 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Sensibilizar todos os que a lêem para o respeito pela liberdade: de SER, de PENSAR, de CONSERVAR E PROTEGER a “VIDA” na sua essência, religiosa e cultural… viver e permitir que outros também vivam com alegria.

4 - Por que escreve poesia?

Porque “ela” é a forma de expressão que se aproxima da outra que eu trabalho e eu “SOU”… a “pintura”… estas duas formas de expressão se fundem numa só e se expressão com uma força que toca as pessoas pela sensibilidade e alma.

5 - O que costuma fazer para promover a sua escrita?

Para partilhar a minha poesia utilizo a internet… tenho blogs, páginas de redes sociais, ou edições digitais que permitem edições de autor, participo em eventos coletivos de poesia quando sou convidada ou em concursos literários quando me despertam interesse.

6 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?

Não têm qualquer impacto… apenas funcionam como “veículo de comunicação ou partilha” entre pessoas que conheço em diferentes países e que doutro modo teria de o fazer através de carta como o fiz durante muitos anos…

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autora?

Dar a conhecer a “pessoa” e a “obra” do(a) autor(a) pois, sem isso, o que é publicado fica descaraterizado ou despersonalizado por ser uma obra coletiva.

8 - O que ambiciona como autor?

Ser “reconhecida”… penso que é aquilo que qualquer autor ou autora pretende… que a sua mensagem seja verdadeiramente sentida por que a lê ou vê… por no caso da poesia ela pode ser transmitida por imagens ou em conjunto com elas tal como eu o faço. Não foi o caso desta que apresentei porque não foi dada essa liberdade criativa… mas seria o que eu faria… juntaria à poesia uma pintura tornando-as uma só obra!

9 - Livro físico ou e-book? Porquê?

O e-book é hoje é um meio de divulgação mais ecológico e de fácil edição… permite que o autor conceba todos os aspetos do livro e a custo zero pois existem inúmeros sites que o permitem… mas havendo muitos interessados na obra o livro físico torna-se justificável e aprazível… especialmente para uma geração que não gosta nem tem apetência pelas tecnologias.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

O que importa ficar da minha obra artística para ser lembrado pela humanidade?…
O convite à procura do “eu” espelhado no feminino espelhado em toda a sua obra numa viagem levada até à abstração que se confunde na fusão da letra e da pintura ou ilustração.
Como, o professor doutor (da universidade de São Paulo, em 2015) Saulo César Paulino da Silva escreveu sobre a minha obra, escrita e pictórica: Esse “eu” não é o pronome aprisionado pela gramaticalidade da língua formal, mas é aquele marcado pela (e na) pluralidade da alma que se transfigura a cada texto e a cada interpretação pictórica.
Onde estamos? Para onde vamos? Essas quase paráfrases interrogativas, inspiradas em um de seus desenhos (Onde estão, 1994), nos leva repensar a trajetória do Ser no acordar agitado de um sono por dormir, onde encontramos o vazio num espaço inexistente.
A inquietude da alma, fustigada pela letra do poeta, teima em perseguir o intangível, lançando-se na utopia de respostas insondáveis. E por isso é poesia, cuja seiva criativa nutre o espírito da arte.
A viagem proposta pela sua obra tem início onde termina nossa racionalidade cotidiana. Durante a leitura, o desafio está em soltar as amarras do cais, deixando que o barco deslize pelas águas ora cálidas, ora agitadas desse oceano imaginário.
Uma obra que é sempre um convite a uma “sociedade humanista” promotora a felicidade através da criatividade e pensamento livres de preconceito.

Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link

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