sábado, 14 de julho de 2018

JOÃO DORDIO FALA DE... VIVÊNCIAS


Este é o prefácio que JOÃO DORDIO escreveu para o livro Vivências de MARGARIDA CIMBOLINI

Se, por um lado, é uma enorme honra e um grande privilégio ter sido convidado como coordenador desta coleção de Poesia, por outro lado, não deixa de ser um orgulho poder contar com Margarida Cimbolini para este autêntico tiro de partida. Estamos, de facto, a começar uma corrida que se presume ser complicada, mas também muito aliciante e motivante.

Tenho a perfeita consciência de que não poderia ter encontrado melhor poetisa para iniciar este projeto que espero ir de encontro a todas as expectativas. E ter sido escolhido pela Margarida também para fazer o prefácio confesso que mais surpreendido fiquei. Porém, era uma missão impossível de rejeitar. Apesar de apenas conhecer a Margarida e o seu já extenso trabalho há pouco mais de dois anos, desde que comecei a frequentar com mais regularidade o bar Inda a Noite É uma Criança e as tertúlias das quintas-feiras à noite, desde o primeiro momento percebi que estava perante alguém com uma qualidade notável e com um cunho muito pessoal.

Dividido em 4 capítulos (o último dá nome à obra, “Vivências”), encontramos vários temas como o amor, a paixão, o romantismo, a fantasia, e que são transversais à sua poesia e a toda esta obra de grande inspiração e ternura. E que são tratados de maneira sublime!

“No principio era o verbo
e as casas dos botões estreitas e misteriosas
floridas em veias de espuma...
... tornam-se largas e bambas
Era a paixão nunca obscena
do amor experimentado”

Da forma particular e pessoal com que coloca (ou não) a pontuação, ao estilo vanguardista e até visionário da sua escrita, Margarida Cimbolini consegue surpreender-nos a cada linha dos seus versos!

“com o beijo molhado das algas
condenso em mim a tua teatral fantasia
pois tu e eu somos só um”

Certamente que esta coleção e este livro em particular irá permitir contrariar e colmatar, de alguma forma, a lacuna de existirem tantos e tão bons poetas praticamente desconhecidos por este país. A Margarida é um bom exemplo disso, apesar de não ser uma perfeita desconhecida, longe disso. Porém, considero que não está ainda no seu devido lugar. Após a leitura deste livro, perceberão porque afirmo isso, de forma categórica e sei que irão dar-me razão. Porque são poucos os que conseguem aconchegar as letras da forma que ela o faz, numa mistura de mestria com originalidade.

“Gosto de ti
e esses beijos... deixa que voem…
entre nós criam raízes...
são fecundos... vidas… flores… perfumes… risos...
que tombaram num repente…
E nós simples gentes não soubemos prender”

Parabéns, Margarida Cimbolini!

João Dordio

Os interessados em adquirir o livro devem contactar a autora através deste link

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