quinta-feira, 5 de julho de 2018

FALA AÍ BRASIL... AUZEH AUZERINA FREITAS


A insônia é extenuante, como tudo que se vela ou espera. Agora 3:30 da madrugada. Um vento acordou um pássaro. Fechei a cortina com medo dos olhos da noite e/ou dos vadios do mundo. Há tantos.

Começou cair chuva, e lindo é o ritmo com que ela chega: lentamente, tal qual passos do homem de bem, muito amado. Está aumentando. O som remete a galopes ao longe, e imagino que vem vindo cavalos. Meu pensamento voa sobre montes e chego na fazenda dos meus, outrora lindos dias.

Sinto neblina e vejo em pensamento tênue luz dos postes e recordo o olhar dos que amo e dormem um sono de paz, porque almas leves. Pesado agora , apenas o som de turbinas, avião quebrando a barreira do som na pista das nuvens, e os meus olhos pesam em mim. Tal qual trem de pouso, irei me recolher para poder voar no sonhar com a tecedura do tempo " primavera " que me trará, um mar de poesia e um oceano de emoções e amigos, naquele Rio de Jobim. Parou de chover. Apaguei as luzes.

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