sábado, 14 de julho de 2018

DEZ PERGUNTAS A... MANUEL A. RODRIGUES


Agradecemos ao autor MANUEL A. RODRIGUES a disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto autor e pessoa?

Como pessoa privilegio as relações humanas com base na simplicidade, na transparência e da frontalidade; sou uma eterna criança que apesar da vivência adulta, impera em mim muitas vezes o regresso ás brincadeiras de criança. Sendo emotivo e sentimentalista, tenho gosto pelas emoções da vida, e tento aproveitar essas emoções no meu quotidiano quer no sentido literário, quer no sentido mais lato da vida. Por vezes existe um confronto entre o meu EU pessoal e o meu Eu literário.
Sou um barco sem rumo, que viaja pelo meu “M.A.R “a dentro, viajo neste M.A.R. profundo de intensos sentimentos. Sou um ser irrequieto, que navega nas minhas ondas, ondas por vezes com algumas turbulências, são ondas de pensamentos e de sentimentos.
Sou rebelde e revolto-me na minha expressão escrita com o meu EU próprio, gerando conflitos internos entre pensamentos e sentimentos contra as injustiças e imoralidades.

Como autor, espero pelo abrir da torneira da inspiração e da motivação, deixando que o coração dite a palavras com emoção para saírem em fluidez e poderem serem expressas pela minha mão.

2 - O que o inspira?

A inspiração bate-me á porta, quando eu menos espero, e de onde menos espero. Por vezes basta um olhar, basta um sorriso, basta um pensamento fervilhar, basta até numa pedra da rua tropeçar, é quanto eu preciso, para sentir em mim a vontade de me expressar. A natureza, os seus mistérios, a sua beleza, servem de mote muitas vezes para as palavras de mim soltar. As injustiças, as imoralidades as causas sociais, são temas que me tocam como pessoa e fazem de mim brotar a minha singela opinião. O mar, e toda a sua envolvência entre o belo, o mágico e o trágico, surge em mim como uma fonte de inesgotável inspiração pessoal.

3 - Existem tabus na sua escrita? Porquê?

Apesar de existirem sempre tabus, uns maiores, outros de menor relevância, não sinto em mim qualquer género de tabus naquilo que escrevo, escrevo o que o pensamento me dita, e sem os tabus, passo-os para a minha escrita.

4 - Que importância dá às antologias e colectâneas?

As colectâneas e as antologias, são importantes no sentido de partilharmos a nossa escrita com outros autores, e proporcionarem encontros literários onde se gerem novos conhecimentos entre autores. São sem dúvida muitíssimo importantes possibilitando a união da Poesia e dos seus criadores, trocando e assimilando conhecimentos. Apesar de nem todas as coletâneas e antologias, serem elaboradas de uma forma rigorosa nos critérios de seleção literária e de elaboração da própria obra, desprovida de determinados interesses que não sejam, a boa divulgação da Poesia. É um tema que o meu EU pessoal se confronta com o meu Eu autor, e por ora, não deixa escrever o que poderia o meu pensamento verter.

5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?

As redes sociais hoje em dia são um meio necessário para o conhecimento e para se dar ao conhecimento. Sem as redes sociais o crescimento e conhecimento da Poesia e dos seus autores, continuaria, enfiada no “saco”, á espera que algum provável milagre os viesse dar a conhecimento.

6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita?

No universo da escrita, numa opinião pessoal, creio existir muita separação e individualismo entre autores. Assistimos a várias nuances do mundo da escrita; os famosos por si mesmos, que devido ao nome e prestígio que conseguiram granjear, têm “ruas e avenidas” de portas abertas, onde o seu nome é o bastar. Temos outros autores que por autodefinição e valorização própria, querem o mundo a seus pés, sem para isso terem o trabalho e o esforço em pró da sua própria valorização e da sua escrita a todos os níveis. Temos outros ainda, e estes são os de relevar, que de uma forma simples, honesta, dão valor á Poesia, no bem escrever, e não se poupam a esforços da sua Poesia bem acontecer.
A escrita é a “barriga de aluguer” da gestação dos pensamentos e dos sentimentos individuais de cada autor, sendo neste sentido o “parir e dar luz” ao mundo do nascimento e crescimento do autor. Sem a escrita existe um breu, onde nada se sabe, onde não há qualquer conhecimento, permanecendo no “caixote” em esquecimento.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?

O autor para poder ser divulgado, têm que em primeiro de tudo, fazer o seus T.P.C. (trabalhos para casa) bem feitos.  A casa tem que estar bem limpa e arrumada, para poder ser mostrada. Isto para dizer, que todo o autor tem que ter em primazia o cuidado do seu bem escrever e forma de se expressar para que de uma forma limpa e clara a sua escrita se possa ao mundo mostrar.
Depois em conjugação de esforços e de bom entendimento entre autor e possível editora, existir uma boa divulgação pelos meios mais variados de difusão, dando a conhecer ao mundo, o mundo da escrita do autor, sendo este preferencialmente visto como autor e depois como cliente.

8 - Quais os projectos para o futuro?

Os projectos são uma constante na vida, visando em cada um a concretização de um sonho ou uma parte de um sonho. Quem escreve, a escrita gere em si outra escrita, e com a escrita em permanência vão-se dando passos de idealizar e concretizar esses projectos. A escrita, é como uma “droga”, que depois de entrar em nós, leva o nosso sistema nervoso central a ficar em dependência, levando-nos a criar outros e outros projetos, não havendo um único projeto, mas sim um continuado acontecer de novos projetos.

9 - Sugira um autor e um livro!

Sugerir um nome de um único autor e um único livro, seria uma forma muito individualista de estar na escrita. Todo e qualquer autor/leitor, têm por certo vários autores e vários livros de referência.
Posso referir alguns livros de entre muitos que me marcaram:
- Felizmente há luar, de Luís Sttau Monteiro
- Os Maias, de Eça de Queirós
- Os Lusíadas, de Luís de Camões
- Todos os livros de Fernando Pessoa e seus heterónimos
- Todos os livros de Bocage
-  E muitos outros ……..

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

- 0 que se poderia fazer para dar mais vida á Poesia?

Neste mundo de imensos poetas e de imensa Poesia, porque não existir uma junção em perfeita harmonia de esforços, unicamente em pró da melhor divulgação da Poesia, da melhor formação de quem escreve e se predispõe a escrever a sua Poesia, fomentando e criando, pontos e formas de formação a serem necessários a nível literário,fomentando o associativismo em detrimento dos pequenos agrupamentos e individualismos. A Poesia quer-se livre, deixando-a livremente viver, deixando em todos os amantes da escrita livremente bem acontecer. Podendo criar-se uma entidade ou reforçar as existentes que melhor identifiquem, glorifiquem o mundo da Poesia e de quem a escreve.

Acompanhem, curtam e divulguem este e outros autores através deste link

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