segunda-feira, 18 de junho de 2018

DEZ PERGUNTAS A... RITA QUEIROZ


Agradecemos à autora RITA QUEIROZ a disponibilidade em responder ao nosso questionário 

1 - Como se define enquanto autora e pessoa?

Sou uma autora em busca de conhecimentos, pois sei que nunca estamos prontos o suficiente. Busco ler autores diversificados, de vários lugares. Enquanto pessoa, sou um ser sempre em movimento, construindo meu perfil de cidadã.

2 - O que a inspira?

Muitas coisas. A natureza. Uma dor. Uma alegria. Um amor.

3 - Existem tabus na sua escrita? Porquê?

Não existem tabus na minha escrita. Escrevo desde o texto erótico ao texto infantil. Ainda estou muita ligada à poesia, pois sou insegura com a prosa, mas tenho me arriscado a escrever pequenos contos e crônicas.

4 - Que importância dá às antologias e colectâneas?

As antologias e coletâneas são muito importantes. São veículos nos quais podemos divulgar com mais eficiência o nosso trabalho, já que se trata de um coletivo. Através do coletivo, nosso alcance é maior, bem como nos proporciona conhecer outros autores.

5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?

Comecei nas redes sociais, por isso considero que são de extrema relevância. Criei um grupo de poesia, com apenas mulheres integrando, a partir do Facebook. Como autoras desconhecidas, começamos a divulgar e comentar nossos textos, daí surgiu a “Confraria Poética Feminina”, em 2015. O grupo conta hoje com 26 autoras, dois livros publicados, uma agenda poética, um CD com nossos poemas musicados, e um livro no prelo, a ser lançado na FLIP, em julho.

6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita?

Pontos positivos: Descobrir sempre um novo autor entre pessoas cada vez mais jovens. Saber que a literatura se mantém presente.
Pontos negativos: disputas tolas, egos exacerbados, críticas mal fundamentadas.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?

Creio que hoje, com as redes sociais, ficou mais fácil a divulgação de um autor. No entanto, em termos de Brasil, os livros ainda são pouco lidos, embora estejamos publicando mais. Muitas vezes, por conta das dimensões continentais do Brasil, um autor que publique no Nordeste não é conhecido no Sul ou no Centro-Oeste, e vice-versa. Ainda vivemos ilhados em nossos mundos. Deste modo, acredito que eventos literários, como as feiras e as bienais, tenham favorecido a divulgação. Mas, seria preciso que houvesse mais eventos, como saraus, por exemplo, nos quais pudéssemos contar com pessoas de outros estados, outras cidades e até outros países.

8 - Quais os projectos para o futuro?

Continuar escrevendo, e muito. Participar mais de eventos literários, no Brasil e no exterior, se possível.

9 - Sugira um autor e um livro!

Gláucia Lemos, autora baiana, membro da Academia de Letras da Bahia. Livro: Todas as águas (Salvador: Editora Kalango), pois me tocou bastante, devido à sensibilidade da autora em nos surpreender, nos impactar. Neste livro, composto por contos, a autora nos traz histórias relacionadas com as águas: seus mistérios, seus encantos, suas bênçãos. O desenrolar das tramas envolve sempre os personagens com as águas, sejam as doces ou as salgadas.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Por que escreve? Para dar razão à minha vida e à vida de tantas outras pessoas, pois a literatura nos leva sempre a outros mundos e a tocar em outros corações.

Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link

1 comentário:

Toca a falar disso