Agradecemos à autora RÔ MARTINS a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define enquanto autora e pessoa?
Intensa! É assim que me defino como autora e pessoa.
Se o que escrevo não tem valor para mim, não terá para os outros. Os
sentimentos são as minhas inspirações. Eternizo-me por meio das palavras e
entendo que elas têm, verdadeiramente, o poder de transformação, de encantamento,
de descobertas... Escrever é algo “mágico” e maravilhoso, assim como ler... É
como caminhar num universo paralelo, do qual gosto muito. Como autora e pessoa,
assimilo ser única, pois existe entre “nós” (eu autora e eu pessoa), uma
interlocução construtiva de reciprocidade.
2 - O que a inspira?
Os sentimentos, os afetos, as boas coisas da vida como
a natureza, os sonhos, as delicadezas, os pequenos gestos de solidariedade,
sorrisos, gratidão... Talvez, a minha inspiração resume-se, pura e
simplesmente, em viver! Em ser quem sou e saber que posso ser melhor, noutro
instante... O que me inspira é também parte de mim... é talvez um “órgão” ainda
não definido que libera energia através dos meus sentidos, movimentando, a
efeito, o próprio “sentir”... Posso dizer então que o instante, em sinergia com
o meu ser, é o que determina o momento da minha escrita, e pronto... o
pensamento ganha alma e liberdade.
3 - Existem tabus na sua escrita? Porquê?
Desconheço. A liberdade na escrita e o cuidado no modo
com que escrevo levam-me a crer que cada obra é especial. O fundamento é a
intensidade e isso gera boa aceitação de quem, com alma e sensibilidade, aprecia
ou, simplesmente, apropria-se do que lê.
4 - Que importância dá às antologias e colectâneas?
A importância de “valor” no tempo e espaço. Estar
junto gera união e força com a reciprocidade de também desfrutar de ser, tanto
quanto, especial dentre os demais. Antologias e Colectâneas são, a meu ver, um
conjunto que agrega respeito, autoridade, habilidades e competências. É como um
“jardim florido” onde cada plantinha, com suas peculiaridades, seus tons,
formas e cores, se torna esplêndida a cada olhar que encontra. Numa Antologia,
as diferenças se entrelaçam e se comunicam num mesmo contexto, literalmente.
5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?
São meios de interações e trocas. Gosto de escrever e
utilizo as redes sociais para mostrar um pouquinho dessa arte através de
poesias, reflexões... Do mesmo modo, colho carinho, admiração, valorização...
Por vezes, as redes sociais acabam tornando-se uma extensão da própria vida.
Desse modo, tenho pra mim, e compartilho aqui, que é preciso ser consciente e
saber lidar com as limitações. Trata-se de um local de constantes “vai e
vem”... Torna-se necessário sermos seletivos e determinados na constância dos
objetivos que pretendemos.
6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo
da escrita?
A exigência que fazemos conosco, enquanto escritores,
bem como as regras ortográficas, ao qual nos submetemos, rendidos aos padrões
literários; o momento da escrita; o estado de humor... enfim! A meu ver, vários fatores
podem se intercalar antes de uma obra ser lançada, enquanto tal. De modo geral,
acredito, o que escrevemos passa, primeiramente, pelo “valor” que damos
(enquanto autores) à obra do momento, ou seja, a sua essência (peculiaridade
exclusiva do autor). É preciso que o nosso “ego” (enquanto autores) se satisfaça!
O momento da escrita é fundamental, refletindo na tomada de decisão entre uma
publicação e outra... Nas entrelinhas, mesmo que indiretamente, existem
contextos de intenções envolvendo a interlocução entre o autor que tem em vista
um leitor. Não escrevemos por escrever... Por vezes, me pergunto se existe
alguma obra literária escrita ao acaso? Talvez, já que pode acontecer de um
súbito de ideias surgirem e uma obra nascer, repentinamente, de modo que se
torne tão perfeita aos olhos do autor que ele decida por publicá-la
imediatamente. Em outros momentos, o sentido é interiormente pautado (e até
anulado) podendo a obra nunca vir a ser apreciada por outros.
7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um
autor?
Torná-lo conhecido, sem dúvida. Oferecer ao público o
privilégio de conhecer as suas obras e, até mesmo a sua interface enquanto
pessoa, sem exageros ou excessos.
8 - Quais os projectos para o futuro?
Desejo, apropriar-me de conhecimentos que favoreçam o
meu amadurecimento enquanto pessoa e escritora. Penso em escrever um roteiro
teatral, publicar obras voltadas também para o público infantil, escrever um
romance... Mas principalmente, penso em compor músicas! Sei que preciso
aprender muito para realizar o que hoje não passam de sonhos.
9 - Sugira um autor e um livro!
Existem, sem dúvidas, livros excelentes enriquecendo a
nossa literatura. Poderia indicar vários, claro. Para o momento, indico “Iracema”,
de José de Alencar.
10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E
como responderia?
O que você desejaria para o mundo hoje?
A Paz e a união entre os povos. Desejo, para o nosso
mundo, a inexistência de fronteiras que limitam a solidariedade, as conquistas,
o entendimento... a valorização da vida, em todos os sentidos.
Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link
Uauuuuuu!!! Amei!!! lendo suas palavras ficamos "o pensamento ganha alma e liberdade" sem duvida alguma!!! Parabéns!!!
ResponderEliminarParabéns, Amiga Rô, pelo encanto com que ilustras os sonhos e todo um universo de planos que darão sabor e cor aos dias de qualquer autor! Gostei!
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