quinta-feira, 31 de maio de 2018

EU FALO DE... PREMONIÇÕES



Às vezes escrevo coisas de forma tão incisiva que muitos apontam o dedo, por ser desbocado, enquanto outros acusam-me de ter a mania que sou profeta, mas a verdade é que quase sempre acabo por ter razão e os meus textos terminam sendo  premonições.

Um desses casos aconteceu recentemente quando escrevi sobre a Feira do Livro de Autor de Vila Franca de Xira. Manifestei, na altura, a minha quase certeza que o evento não receberia, mais uma vez, a presença de autores que, de forma sistemática, queixam-se da falta de certames para divulgarem as suas obras.

A única diferença entre esse meu texto e outros, de natureza semelhante, reside num só aspecto... noutras alturas, seria preciso acontecer o evento para que eu pudesse confirmar as minhas suspeitas. Desta vez bastou chegar-se à véspera. Isto é, a falta de inscritos, para os dois dias de certame, levou a associação organizadora a adiar o evento, para Outubro. E a palavra “adiar” suscita-me uma questão: Será que a organização tem esperanças que em Outubro as circunstâncias sejam diferentes? Será que, as fracas adesões, em edições anteriores, não lhes chega como prova do desinteresse dos autores?

Ainda faltam cinco meses para obter as respostas. Seja como for, cá estarei para irritar uns quantos, com os meus textos. Pelo menos em Outubro voltarei à carga com premonições sobre esta temática.

MANU DIXIT

quarta-feira, 30 de maio de 2018

ADRIANA FALA DE... VOZES IMPRESSAS


A Feira do Livro de Lisboa é um acontecimento que faz parte do calendário anual há 88 edições.  Ainda no Brasil, nos últimos  oito anos,  acompanhei toda a movimentação ano após ano, e confesso que vinda de uma família de livreiros, estar em uma feira literária é o mesmo que um parque de diversões.

E agora, cá estou, com a IN-FINITA  prestando serviços para autores e editoras, tive a satisfação de coordenar o livro coletivo VOZES IMPRESSAS, para as edições Vieira da Silva, e participar desse espaço tão especial , cheio de livros, autores e histórias para contar. Como a primeira vez tem sempre um sabor diferente e fica guardada a sensação daquele desejo que se realizou, contamino a todos, mesmo os mais cansados frequentadores, que prestigiem e apareçam no Parque Eduardo  Sétimo C12, no dia 3 de junho às 18 horas.

Estarei no espaço das Edições Vieira da Silva e espero, que  com alguns autores participantes do VOZES IMPRESSAS.É  uma boa oportunidade para falar de poesia e se fazer conhecer, do outro lado da telinha de nossos notebooks e tele moveis.

Mais uma vez agradeço a participação de todos e faço um convite: Participem e divulguem a Feira de Lisboa. Eventos assim, merecem toda a nossa consideração.

Autores VOZES IMPRESSAS:
Agostinho Silva
Albertina Pereira (Violeta)
Alcino Ferreira
Alexandre Acampora
Ana Matias
Ana Teresa Machado
António Boavida Pinheiro
António M R Martins
António Pereira Bartolo Coutinho
Armando Leite
Beni Chaúque
Célia Moura
Dário Vidal
Delfim Carvalho
Francisco Luís Silva
Isabel Antunes
Isabel Bastos Nunes
Isabel Esperança
Isabelle Fochier
Jane Revet

João Sevivas
João Videira Santos
Jorge Emanuel Oliveira Dinis
Luiz Otávio Oliani
Manuel Machado
Manuel Timóteo de Matos
Margarida Gomes
Maria Antonieta Oliveira
Maria Cristina Estrompa
Maria Elisabete da Silva Matos
Maria Estrela do Mar
Maria João Machado
Ngunza Domingos Alberto
Octávio Carmo Santos
Oliveira Santos
Paulo Galheto Miguel 
Prazeres Jacinto
Rosa Lapinha
Sara Timóteo
Susana Campos
Vieirinha Vieira

Acompanhem seus poemas no TOCA A ESCREVER.

Feira do Livro de  Lisboa: http://feiradolivrodelisboa.pt/

Até lá,
Adriana Mayrinck

terça-feira, 29 de maio de 2018

EU FALO DE... PORTUGUÊS SEMPRE



Confesso que estive tentado a escrever este texto poucos minutos após o episódio que lhe dá origem. Ainda escrevi umas linhas mas decidi apagar tudo, confirmar as minhas suspeitas, e só agora, passado algum tempo (talvez o suficiente para quase ter ficado esquecido da curta memória lusa), datilografar os meus pensamentos sobre o assunto.

No passado dia 12 de Maio o país viveu mergulhado numa onda de optimismo exacerbado que, com a maior das lógicas e falta de bom senso, rapidamente se transformou no velho e típico baixar de cabeça e autocomiseração, para depois dar lugar ao, não menos típico, ressuscitar dos velhos do Restelo e seus bem conhecidos chavões sobre a sina e o fado de ser-se português.

Mas vamos por partes...

Primeiro fez-se a festa porque “Portugal está em alta” e “o que é nacional é bom” e “ninguém nos segura” e “o que custa é a primeira” e blá blá blá com mais blá blá blá pelo meio.

Depois os discursos foram mudando e só se ouvia: “nada que não estivéssemos à espera” e “somos demasiado pequenos” e “voltaram a colocar-nos no nosso lugar” e blá blá blá seguido de mais blá blá blá.

Por fim vieram os vozeirões roucos e sábios dos velhos do Restelo com “fizessem como os outros” e “temos que acompanhar os tempos” e “não é em português que nos safamos” e outros aborrecidos blá blá blá.

Alguém sabe do que estou a escrever? Não?

E se eu disser que tenho orgulho em ser português e que sempre defenderei a nossa língua, a nossa cultura, a nossa forma de estar, independentemente do que o resto do mundo pensa ou deixa de pensar? E se eu disser que, por mais que tentem, não há nenhum outro idioma que consiga, minimamente, rivalizar com a riqueza da língua portuguesa? E se eu disser que no final desse dia 12 de Maio, o que sobra é a convicção que a mensagem em português passou e o resto é apenas negociatas de bastidores? E se eu disser que no final desse dia apenas me restou a certeza que, ao contrário do que sempre julgara, os meus conhecimentos de geografia são fraquíssimos e a europa tem mais dois países do que me ensinaram na escola? E... se eu dissesse tantas outras coisas...

Mas não preciso dizer isto para demonstrar o meu repúdio pela forma disparatada como os meus conterrâneos se limitam a arranjar desculpas para justificar a imparcialidade que não têm e darem ares de gente sofisticada e conhecedora quando, em boa verdade, só agem dessa forma para darem nas vistas sem se aperceberem de quão ridículo é fazer-se parte de um rebanho.

Que mais posso eu dizer sobre aqueles que são portugueses, até à medula, quando há sucessos estrondosos e se descartam quando ficamos no fundo da tabela?

Neste contexto e para que finalmente saibam de que estou a falar, termino dizendo que estou orgulhoso da Cláudia e da Isaura na mesma proporção que tive do Salvador.

MANU DIXIT

segunda-feira, 28 de maio de 2018

ADRIANA FALA DE... III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA (III)


Desde que Ricardo Fonseca participou do I PAINEL IN-FINITA, falando do tema Poesia e Ação Social, junto com Manuel Machado e Sara Teiga, ficou um gostinho de quero mais. O tema cativou, despertou interesse e agora, a oportunidade chegou, seremos brindados por essas três grandes pessoas, que misturam seus conhecimentos e sensibilidade para transformar a vida daqueles que lhe chegam, tanto no trabalho social, quanto na escrita, utilizam esses caminhos que interligam-se, e as experiências como ferramentas para as trocas diárias de afeto, solidariedade e percepção do Ser humano. É com imensa satisfação que recebemos no III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA, um assunto que emociona e nos conduz a questionamentos e a uma outra visão do nosso papel no mundo.

Nascido em Lamego, Ricardo Fonseca é enfermeiro, escritor e terapeuta. Escreveu quatro livros: A chave do labirinto, Calcorreando Percursos, Reflexos e o Semeador de Emoções,tnum registo intimista, quase autobiográfico, e participou em diversas coletâneas de poesia e prosa. Colabora através da redação de artigos sobre diversificadas temáticas relacionadas com a área de desenvolvimento pessoal, com diversas revistas e blogues de desenvolvimento pessoal, saúde e espiritualidade. 

Desenvolveu o conceito de Escrita Terapêutica, onde utiliza a escrita como ferramenta terapêutica para a gestão de emoções, como principal objetivo o calcorrear da sua missão de Vida como Cuidador e Semeador de Emoções.

Dia 13 de setembro, às 18 horas, na sede da CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa, teremos mais uma vez a possibilidade de assistir e interagir, a poesia, a sensibilidade e o conhecimento, que as vivências de Ricardo Fonseca têm para partilhar.

Lá estarei, aguardando a vossa presença.

Participação gratuita. Todos convidados!


Acompanhe o III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA no Facebook.

Saiba um pouco mais sobre Ricardo Fonseca:


Até breve,
Adriana Mayrinck

domingo, 27 de maio de 2018

AS CRÓNICAS DA AVÓZITA... FATIOTAS E TOILETES



Comprei um vestido de seda… de chifom… de brocado… já nem sei; sapatos de fino salto, cores garridas misturadas mas… tudo a condizer.

Mandei subir a bainha, saia curta, perna ao léu, também mandei descer o decote, ficaria mais atrevidote, assim, daria nas vistas e todos se lembrariam do meu nome.

Os cabelos, dos cabelos nem vos falo, cada um de sua cor, madeixas, sobre madeixas, colorido até demais, um Picasso na perfeição.

O meu estilo é mesmo este, não sigo o que o espelho diz, nem lhe ligo, eu até sei que vão gostar. Nem me importa o que pareço, ou o que pensam de mim, eu sei aquilo que sou.

E afinal para onde vou com todo este aprumo? Apenas beber um café mas sei que lá vou encontrar a amiga da vizinha que logo lhe vai contar como estou provocadora, e ela, vai morrer de inveja por não ter corpo, ou será, por não ter coragem, de se vestir como eu. Sim, vendo bem, ela até tem um corpo mais perfeito que o meu.

Ah! Mas todos no café olharão para mim, ruidinhos, pois em casa, as mulheres, passam o dia a limpar, a tratar dos miúdos, a cozinhar, a passar a ferro, e, nem tempo têm para com o espelho falar.

Eu, eu visto-me a rigor, vá para onde for.

Mas, eu, não sou esta, esta, são muitas outras “eus”.

MARIA ANTONIETA OLIVEIRA

sábado, 26 de maio de 2018

EU FALO DE... ABRIR OS OLHOS ATÉ AO BRANCO



Há o breu, a escuridão, a negritude plena, a noite, as sombras, e a loucura semi-obscura na busca sempiterna do raciocínio claro, objectivo, sem manchas nem máculas.

Há luta interior na tentativa de conquistar discernimento; batalhas entre o inconformismo e o inalcançável; medos e ânsias a descoberto; desejos presos e vontades algemadas; dogmas disfarçados de utopias e prazeres reprimidos pelas imposições da vida.

Há a loucura, ou um estado de insanidade consciente, que conduz os pensamentos sem lógica, apenas aparente, pelos caminhos sinuosos e enegrecidos que a mente amplifica a cada momento. 

Há visão, ficção, realidade e fingimento. Um discurso, de tudo e nada, com rumo certo e objectivos lúcidos, impregnado de uma ingenuidade racional, ao alcance de poucos.

Há um poema que se escreve ao longo de muitos poemas. Uma demanda quase obsessiva pela luminosidade, pelo brilho, pelo sol, pela clarividência, pelo entendimento, pelas certezas longínquas de um tempo que corre ao sabor da pena e simplesmente recusa deter-se. Enfim, há poesia. Daquela que merece ser lida e relida, degustada e saboreada, consumida e devorada, até que os raios de sol se sobreponham à lua; até que as cores substituam o negro da vida.

Há um livro de poesia que pede para ser examinado à luz da sensibilidade de cada leitor que tiver a coragem de abrir os olhos até ao branco – de espanto e incredulidade.

MANU DIXIT

sexta-feira, 25 de maio de 2018

ADRIANA FALA DE... III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA (II)


Quando a Jannini Rosa, da Helvetia comentou que não havia ainda fechado a palestra sobre A POESIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA para o III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA, só pensei em um nome: PATRICIA PORTO. Para mim na atualidade, é uma das poetas e escritoras brasileiras mais completas depois de Hilda Hilst. A escrita da Patrícia, seja na poesia, crônica ou conto é real, nua, crua, com metáforas e figuras de linguagem, além da correção gramatical e ortográfica, que deleitam o leitor  que aprecia a arte da escrita. Patricia sabe manipular com excelência todos esses elementos que transformam seus textos em pequenas preciosidades.
Mas sem pensar que ela estava a 7482 km de distância, a convoquei  para estar em Lisboa em setembro. Como assessora literária da autora, fui criando outras situações, para que além do dia de palestra, sua presença fosse necessária e imprescindível. Para sorte minha, sua agenda estava com uma semana disponível e com a alma transbordando dos melhores sentimentos, tive o imenso prazer de confirmar a sua participação no III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA.
Patricia é uma daquelas pessoas que se quer ter sempre por perto. Ilumina, encanta, desperta o pensamento e provoca a ação. Sabe que é uma das eleitas para contribuir com a humanidade, seja em um pequeno ou extenso espaço, seja em sua cidade, país ou pelo mundo. E sabe que mesmo, sem sair de casa, movimenta acontecimentos, nem que seja na vida de quem a lê.
Nascida em São Luís, no Maranhão, carrega a força da mulher nordestina e a essência guerreira por onde passa. Radicada em Niterói, Rio de Janeiro, formada em Literatura, mestre e doutora em Literatura e Educação, com a habilidade e a arte da palavra e da escrita, será com certeza, uma grande contribuição na divulgação da poesia brasileira.
Dia 14 de setembro, às 11:00h na sede da CPLP - Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, estarei lá para sorver toda a poesia e  encantamento dessa querida e admirada autora, com dois livros publicados, o mais recente CABEÇA DE ANTÍGONA concorrendo ao prêmio Oceanos 2018. Sejam bem-vindos!

Participação gratuita. Todos convidados!


Acompanhe o III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA no Facebook.

Saiba um pouco mais sobre Patrícia Porto:

Literamargens -   http://pporto.blogspot.pt/


Até lá…
Adriana Mayrinck

quinta-feira, 24 de maio de 2018

EU FALO DE... DIVULGAÇÃO DE AUTORES PORTUGUESES NO BRASIL




Um dos serviços mais relevantes da In-Finita é, por razões naturais, óbvias e umbilicalmente ligadas ao histórico de trabalhos realizados pelos seus membros, a divulgação.

Com a experiência de anos e os importantes contatos adquiridos, estamos a fazer a ponte que atravessa o Atlântico e aproxima autores e leitores do Brasil e de Portugal.

Como consequência deste propósito, a última iniciativa deriva da parceria feita com a revista/fanzine Alfarrábios, de Niterói (Rio de Janeiro), a pedido do seu mentor, Paulo de Carvalho.

Esta primeira abordagem permite-nos levar, ao conhecimento dos membros da comunidade artística de Niterói, algumas criações de dez autores portugueses.

Sabendo que, para muitos, o mercado brasileiro pouco ou nada diz, e que nem todos os autores sentem a necessidade de se fazerem notar para lá da fronteira, menos ainda noutro continente, a nossa escolha recaiu, com naturalidade, em autores que, de forma mais regular, têm abraçado o projecto In-Finita e as nossas iniciativas. Para além disso queremos, através deste contacto, suscitar interesse sobre o que por aqui se cria e despertar curiosidade em autores que, no futuro, possam querer fazer parte deste projecto de divulgação.

Estamos a criar caminhos. Trabalhamos para que a distância, entre Brasil e Portugal, diminua e se transforme em proximidade.

Os dez pioneiros, que indicámos, serão divulgados no número, de Junho, da Alfarrábios, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, em Niterói, e temos a certeza que o impacto das criações enviadas será imenso e as expectativas dos leitores da Alfarrábios aumentarão deixando-os sedentos por mais. E a In-Finita cá estará para saciar essa sede de portugalidade.

Ficamos gratos aos autores, Alexandre Carvalho, Ana Coelho, Carlos Arinto, Celso Cordeiro, Isabel Bastos Nunes, Manuel Machado, Manuel Rodrigues, Maria Antonieta Oliveira, Miguel Curado e Vítor Costeira, pela disponibilidade em serem os primeiros nesta aventura, abrindo portas para outros que certamente aparecerão.


MANU DIXIT

quarta-feira, 23 de maio de 2018

ADRIANA FALA DE... III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA


Quando a Helvetia convidou a IN-FINITA para apoiar o III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA, deparei-me com um grande desafio, além, claro, da satisfação em contribuir com o que acredito e trabalho há mais de dez anos. Promover, divulgar, fomentar e despertar o interesse e a integração da cultura lusófona, principalmente a poesia.

E foi com imensa alegria, ao entrar em contato com Alice Vieira que de imediato prontificou-se em participar do III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA, com a gentileza que lhe é característica, que decidi não só apoiar, mas entrar de corpo e alma nesse projeto, dando as mãos a Jannini Rosa, idealizadora e curadora do evento.

Estou falando, de um grande exemplo de ser humano e profissional, que apesar de ser considerada uma das mais importantes escritoras portuguesas de literatura infanto-juvenil, colaborou em vários programas de televisão para crianças, e tem suas obras traduzidas para várias línguas, como o alemão, búlgaro, espanhol, galego, catalão, francês, húngaro, russo, holandês, italiano, chinês, servo-croata e coreano, mantém a simplicidade daqueles seres raros, que constroem o seu caminho, realizando, criando pontes e espalhando sementes, sempre em contributo para o fortalecimento e divulgação da literatura e cultura portuguesas. E é nesses exemplos de pessoas com a alma nada pequena, parafraseando Fernando Pessoa, que vou guardando em meu relicário, fragmentos de palavras e atitudes que me fazem admirar essa gente tão especial, que de repente, cruza o nosso caminho e começa a fazer parte da nossa vida, seja em um livro, em um poema ou em um encontro.

E por falar nisso, dia 13 de setembro, na sede da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa, às 11:30h, no III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA, temos um encontro marcado com Alice Vieira para uma mesa redonda sobre a POESIA NA LITERATURA INFANTO-JUVENIL. A jornalista, poeta e escritora premiada internacionalmente, vai orientar e dar dicas ao público presente.

Lá estarei na primeira fila, aguardando a vossa presença.

Participação gratuita. Todos convidados!


Acompanhe o III FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA no Facebook.

Saiba um pouco mais sobre Alice Vieira:

Até lá…
Adriana Mayrinck

terça-feira, 22 de maio de 2018

EU FALO DE... II TERTÚLIA IN-FINITA


No passado Sábado, em mais um evento In-Finita, no Palácio Baldaya, entre várias temáticas abordadas pelo autor convidado, João Dordio, e o público presente, houve uma que gerou discussão mais alargada, ou dito de outra forma mais assertiva, causou um princípio de debate que talvez mereça, por si só, ser tema de um futuro evento.

Em determinada altura, e na sequência do que entretanto se falara, surgiu a questão: para que serve a literatura nos dias de hoje e como se definem e enquadram os autores contemporâneos no uso e/ou defesa das correntes literárias? Esta questão, por ser interessante e até pertinente, apanhou praticamente todos de surpresa e notou-se em todas as intervenções um certo estado de dúvida que, tal como exprimi na altura, talvez se deva ao facto de, nesta era de grande facilidade comunicacional, mediatismo e individualismo, as pessoas não saberem explicar qual a corrente literária em que mais se reveem nem conseguirem catalogar aquilo que produzem artisticamente.

Apesar da abordagem superficial feita, creio que a maioria aceita que esta indefinição se deve, em grande medida, ao desuso da discussão destas temáticas. A generalidade dos autores actuais simplesmente escreve sem se preocupar minimamente com estilos ou correntes literárias. E porque vivemos num tempo em que se dá mais importância ao “like” facebookiano do que ao verdadeiro debate de ideias, a tendência maior é deixar morrer a discussão das formas e das ideias para dar lugar ao “cada um por si” tão enraizado neste nosso mundo de individualismo exacerbado.

Para mim o mais relevante nesta conversa foi a ambiguidade de estarmos a discutir a falta de discussão sobre as tendências e correntes literárias. Foi curioso perceber que as pessoas demonstram interesse em debater algumas questões e quase assumem que simplesmente nunca o fazem porque mais ninguém o faz hoje em dia.

Afinal, e como conclusão minha, os autores contemporâneos não debatem, não discutem, não trocam impressões nem se assumem defensores ou contrários a esta, ou aquela, corrente literária, porque ninguém fala nem se interessa por essas temáticas, como se fosse um assunto “démodé”. Em contraponto, fiquei com a certeza que, pelo menos os presentes no evento de Sábado, não se importariam de falar mais sobre esta matéria, mais não fosse para conseguirem, finalmente, identificar-se com qualquer que seja a corrente literária.

MANU DIXIT

segunda-feira, 21 de maio de 2018

AS CRÓNICAS DA AVÓZITA... ELITES



Elites!

Em tudo na vida há elites, umas devido aos canudos; alguns deles comprados. Outras, porque os elementos intervenientes até têm valor, quer profissionalmente, quer a qualquer outro nível. Outras ainda, porque os elementos intervenientes pensam estar numa das categorias acima referidas.

É verdade, também na poesia há elites (serão mesmo elites?). Pois, talvez sejam.

Há escritores/poetas que não publicam os seus escritos em antologias, onde o maralhal miúdo publica, no entanto, organizam as suas antologias, quase privadas, onde apenas alguns entram, mas depois, convidam o tal maralhal miúdo, para as apresentações das mesmas. Ora bem, eu pertenço à minoria, àqueles que são convidados para todas, excepto, claro, as tais privadas. Colaboro em quase todas, desde que não me façam demasiadas exigências.

Com a minha maneira de ver as elites, não convido ninguém para as apresentações das ditas, aquelas do maralhal miúdo.

É que, elite, é elite.

MARIA ANTONIETA OLIVEIRA

domingo, 20 de maio de 2018

EU FALO DE... FALTA DE DIVULGAÇÃO



Uma das queixas mais frequentes, por parte dos autores, é sobre a falta de divulgação adequada, tanto ao nível dos eventos como das obras. Não é raro ouvirmos alguém reclamar do pouco que é feito para dar maior visibilidade ao que produzem e/ou editam. Há muito que tenho vindo a apontar essa lacuna e já perdi a conta às vezes que escrevi sobre esta matéria.

Concordo que o trabalho de divulgação, pré e pós edição, é escasso e, muitas vezes, mal direccionado. Não tenho qualquer dúvida que existem muitas coisas que podem ser feitas pelos autores e pelas suas obras. Creio que, com um pouco mais de criatividade, pode-se levar, ao conhecimento de muito mais leitores, aqueles e aquilo que se produz.

No entanto, e há sempre uma ressalva a fazer, há um entendimento errado sobre quem recai a responsabilidade dessa falta de divulgação.

Sim, estou do lado dos autores quando demonstram o seu desagrado pela escassa divulgação que os editores fazem. Mas também compreendo que os ovos da omeleta não podem provir todos da mesma cesta. Os autores também devem trabalhar no sentido de promoverem os seus eventos e divulgarem as suas obras, para que a divulgação funcione.

Os autores não podem, nem devem, excluir-se dessa tarefa, sob pena de nada resultar. Por mais que os editores possam fazer, quando fazem e se o fizerem, é responsabilidade dos autores criarem a sua base de leitores e alargá-la. Para isso existem saraus e tertúlias, feiras do livro (um pouco por todo o lado) e demais encontros literários.

Aproxima-se mais uma edição da Feira do Livro de Autor, em Vila Franca de Xira. Apesar de não ter dotes de adivinho, aposto que, mais uma vez, não estará lá nenhum daqueles que tanto se queixa da falta de divulgação dos seus livros. Lá estarei para atestar a minha previsão.

O que mais me espanta é as pessoas ainda não se terem dado conta que para se fazer vinho tem-se que apanhar as uvas primeiro.

MANU DIXIT

sábado, 19 de maio de 2018

DEZ PERGUNTAS A... MARÍLIA SANTOS


Agradecemos à autora MARÍLIA SANTOS a disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto autor e pessoa?

Como autora sou apenas uma romântica que ama a poesia e como pessoa sou simples e acredito no ser humano até que ele prove que não merece minha credibilidade.

2 - O que a inspira?

O meu romantismo

3 - Existem tabus na sua escrita? Porquê?

Não existe nenhum tipo de tabu. Porque eu procuro entender, respeitar e aceitar o ponto de vista das pessoas.

4 - Que importância dá às antologias e colectâneas?

Maior importância é a oportunidade da divulgação dos poetas anônimos e conhecidos mostrarem seus poemas.

5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?

Um impacto de mostrar para maior número de pessoas o meu momento de intimidade com a poesia e, assim, conseguir escrever singelos poemas.

6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita?

Penso que negativo não possui. Quanto ao positivo  todos. A escrita é um meio de comunicação que transmite, registra e eterniza.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?

Biografia. Ao ler um poema saiba e conheça detalhes da vida de quem escreveu. Creio que assim acontece a marca do autor.

8 - Quais os projectos para o futuro?

Continuar fazendo parte do mundo da poesia, conhecer vários poetas e poemas e, assim, melhorar o meu conhecimento dentro da escrita poética.

9 - Sugira um autor e um livro!

Gosto muito de Carlos Drumond de Andrade, Manoel de Barros e outros. Atualmente lendo Ferreira Gullar Toda Poesia.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Por que começou a escrever poemas?

Resposta: Porque sempre gostei de poesia, leio bastante, então, um dia rabisquei umas linhas com muito sentimento e surgiu o meu primeiro poema “SORRIA”


Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link