segunda-feira, 5 de março de 2018

DEZ PERGUNTAS A... NEWTON MESSIAS


Agradecemos ao autor NEWTON MESSIAS a disponibilidade em responder às nossas perguntas

1 - Como se define enquanto autor e pessoa?

Sou um poeta engajado com tudo o que favoreça a vida. Acredito que esse seja o sentido da arte, da religião, da ciência, da cultura: fomentar a vida em todas as suas manifestações. Para isso é preciso amor, e isso definiria minha pessoa: alguém que quer aprender a amar desde o mundo natural e humano, até o que está para além da materialidade, a Deus.

2 - O que o inspira?

A vida, que é indestrutível, e que explode em qualquer lugar, numa poça de lama, nas profundezas abissais do mar, num meteoro no espaço.

3 - Existem tabus na sua escrita?

Se entendi a pergunta, tabus seriam temas proibidos. Se for assim, abomino tabus; precisamos vencer o pudor que nos proibe de falar de qualquer assunto. Mas é preciso ser um bom artista, para não cair na vulgaridade. Porquê? Porque essa também é a função da arte: quebrar paradigmas e tabus, dar visibilidade ao que está oculto, invisível, não percebido.

4 - Que importância dá às antologias e colectâneas? 

Se bem feitas, o que pressupõe uma boa seleção, permitem ao leitor um primeiro contato com um poeta desconhecido seu, relação que pode ser aprofundada depois.

5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso? 

É uma forma que o poeta tem de ter um contato imediato, instantâneo com o público, sem o longo espaço entre a criação e a publicação em livro. Mas, pessoalmente, acho que nada substitui o livro físico e o contato físico com o leitor. Também propicia encontros inusitados e praticamente impossíveis na vida real, como esse, por exemplo.

6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita?

O brasileiro não lê, e quando lê, lê mal. Saiu um estudo que aponta que o Brasil está atrasado mais de duzentos anos de países onde a leitura é um hábito arraigado. Talvez isso mude um dia. O que o escritor mais deseja, além de escrever, é ser lido, não há dúvida. Sem leitores, a escrita perde muito do seu sentido 

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor? 

Não sei. Talvez um bom editor, uma boa editora. Qualidade só não adianta.

8 - Quais os projectos para o futuro?

Publicar o segundo livro por uma boa editora, um bom editor... e desenvolver algum trabalho de leitura de poesia para crianças, adoro ler para elas; imergem com uma facilidade incrível nesse mágico universo.

9 - Sugira um autor e um livro!

Como pernambucano de criação, Morte e Vida Severina, do Cabral; mas a Poesia Completa do também pernambucano Alberto da Cunha Melo, publicada pela Record no final de 2017, é uma bíblia poética.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

- Porque você escreve?
- Para que você leia.

Acompanhem, curtam e divulguem este e outros autores através deste link

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