Agradecemos à autora JULLIE VEIGA a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1
- Como se define enquanto autor e pessoa?
Nunca
me vejo como autora. Nunca me vejo desta forma, embora escreva desde a
infância.
Um
dia, talvez, eu me acostume com a ideia de me enxergar assim e de assim ser
chamada.
Sou
aquela que ama a simplicidade da vida. As menores coisas, os menores gestos,
essas são as coisas que mais me prendem e fascinam. O meu olhar estaciona aí,
repousa, adormece, desperta.
2
- O que a inspira?
A
vida, de modo geral, me inspira.
Simplicidades,
infinitos, cores, flores, bichos, a natureza...
Também
falo sobre dores, mas devo confessar que o amor, sobretudo o que vivo, é a
minha fonte diária de criação.
3
- Existem tabus na sua escrita? Porquê?
Não
existem tabus em mim.
A
minha poesia viaja por todos os mundos.
A
arte é livre e me sinto livre para escrever sobre qualquer coisa. E o faço.
4
- Que importância dá às antologias e colectâneas?
Eu
não tinha noção do quão maravilhoso era participar de uma antologia ou
coletânea.
É
fantástico!
Eu
via antologias e coletâneas como algo muito distante de mim, um terreno
inacessível, em todos os sentidos, mas além de ajudar na divulgação pessoal vai
abrindo caminhos e nos dando voz e espaço.
A
minha primeira participação em um projeto antológico foi em julho de 2017. De
lá para cá, já tive poemas publicados em mais de 20 obras, nacionais e
internacionais, entre eles livros e revistas.
5
- Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?
Embora
tudo (publicações, repercussões, seguidores) ainda me assuste, posso dizer que
as redes têm contribuido muito positivamente.
É
uma fase ainda de adaptações, de compreender esse universo tão sem fronteiras e
de respostas imediatas.
Partindo
do ponto que eu era desconhecida e do grande número de autoras que já usavam
das redes para divulgarem seus trabalhos, tive um bom retorno. Fui bem
acolhida.
Estou
escrevendo e divulgando nas redes há um ano e 3 meses, mais ou menos, e atingi
um número jamais imaginado de seguidores e leitores.
É
muito assustador ler/ouvir pessoas que dizem se identificar com a minha
escrita.
Estar
nas redes também me permitiu um contato mais próximo com outras/outros poetas.
Alguns já conhecidos e publicados.
6
- Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita?
Nos
dias atuais, a possibilidade de se divulgar o trabalho em redes sociais, é algo
que reconheço como muito positivo, pois amplia o campo de alcance do trabalho
divulgado.
O
que ainda é negativo (muito negativo) é o pouco espaço que ainda é dado para as
mulheres poetas/escritoras.
Isso
está mudando, lentamente, mas está. E isso é feliz.
7
- O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?
Toda
forma de divulgação é importante, essencial e necessária. Seja ela feita pela
própria autora, por agentes literários, por editoras.
Quanto
mais meios forem usados na divulgação melhor.
8
- Quais os projectos para o futuro?
Não
penso muito no futuro.
Vou
escrevendo e, quando me sinto pronta para publicar, eu publico. Seja em minhas
redes pessoais, aceitando convites, participando dos projetos que surgem.
9
- Sugira um autor e um livro!
Sugiro
a leitura de uma grande poeta que admiro muitíssimo:
Luciana
Queiroz e o seu "Nua sob escamas", livro da editora Patuá (2016).
10
- Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
É
estranho falar sobre isso.
Sou
muito tímida e não consigo pensar nessa possibilidade, (risos) mas, se me
fizerem perguntas, eu as responderei com muito carinho.
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