Tragédia 11
Freitas e
Armando ou Armando que se aproxima do bar cujo dono está a lavar o substantivo
mais do que concreto chão.
A
classificação gramatical neste caso encerra contextualizações premonitórias,
pois o substantivo chão que agora está sendo lavado pelo pronome indefinido
alguém traz à baila verbos como tropeçar, escorregar, machucar, ferir, quebrar
e coisas do tipo.
Armando se
aproxima e escorrega em virtude do sabão em pó usado para a lavagem do chão e
quebra a perna direita e Freitas que tentou em pretérito perfeito em terceira
do singular ajudá-lo também escorrega e se machuca consideravelmnte.
Não se sabe
se os dois iriam em futuro do pretérito tramar o assassinato de Matias. Fato é que os dois jaziam naquele chão, um
sobre o outro.
Para piorar
as coisas, o revólver comprado por Armando que por sua vez não tinha porte de
arma para matar o tal Matias estava em imperfeito do indicativo destravado e
disparou atingindo o ombro do dono do bar de raspão provocando um alvoroço sem
igual no tal estabelecimento.
Lá estavam
os dois estirados no chão quando o tal Matias passou por acaso por eles e
ironicamente indagou acerca do câncer do tal Freitas e também ofereceu ajuda ao
seu Armando que com o olhar tomado de ódio cuspiu em seu rosto.
Matias que limpou aquela sujeira de sua face e seguiu
seu caminho resoluto sem sentir absolutamente nada.
mini-Biografia: João Ayres
Poeta,
ensaísta, romancista, compositor, cantor de samba,jazz e blues.
Parceiro
e biógrafo de Delcio Carvalho.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Toca a falar disso