quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

FALA AÍ BRASIL... JOÃO AYRES (XVIII)

Tragédia 11
Freitas e Armando ou Armando que se aproxima do bar cujo dono está a lavar o substantivo mais do que concreto chão.
A classificação gramatical neste caso encerra contextualizações premonitórias, pois o substantivo chão que agora está sendo lavado pelo pronome indefinido alguém traz à baila verbos como tropeçar, escorregar, machucar, ferir, quebrar e coisas do tipo.
Armando se aproxima e escorrega em virtude do sabão em pó usado para a lavagem do chão e quebra a perna direita e Freitas que tentou em pretérito perfeito em terceira do singular ajudá-lo também escorrega e se machuca consideravelmnte.
Não se sabe se os dois iriam em futuro do pretérito tramar o assassinato de Matias.  Fato é que os dois jaziam naquele chão, um sobre o outro.
Para piorar as coisas, o revólver comprado por Armando que por sua vez não tinha porte de arma para matar o tal Matias estava em imperfeito do indicativo destravado e disparou atingindo o ombro do dono do bar de raspão provocando um alvoroço sem igual no tal estabelecimento.
Lá estavam os dois estirados no chão quando o tal Matias passou por acaso por eles e ironicamente indagou acerca do câncer do tal Freitas e também ofereceu ajuda ao seu Armando que com o olhar tomado de ódio cuspiu em seu rosto.

Matias que limpou aquela sujeira de sua face e seguiu seu caminho resoluto sem sentir absolutamente nada.

mini-Biografia: João Ayres

Poeta, ensaísta, romancista, compositor, cantor de samba,jazz e blues.
Parceiro e biógrafo de Delcio Carvalho.

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