segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

ADRIANA FALA DE... NEM TODOS OS AMORES CRESCEM

NEM TODOS OS AMORES CRESCEM... abranda, inquieta, desperta, seduz, questiona, busca e mergulha a fundo em todas as vertentes e possibilidades de sentir o amor.

A procura, o êxtase, a cumplicidade, a serenidade, o encontro, a conexão, a desilusão, a descoberta, os preconceitos, a loucura, o interesse, a fusão, o sexo, o desespero, a indiferença, a ironia, o descaso, a violência, a solidão. Todas essas palavras bailam implícitas ou explícitas no romance quase poético de André Marques. O uso constante das metáforas, o lirismo nas figuras de imagem, que passam bailando por nossos olhos, consumidos na leitura, nos conduzem para enredos que falam da alma humana e todos os dissabores e encantamentos que só esse sentimento nos leva a vivenciar.

Um livro que fala de amor. De histórias de amor. De pessoas que sentem amor. Aquelas que seguindo o conceito tradicional não se enquadram no que chamamos de final feliz, mas que na sombra de nós, mexe e instiga, fala de preconceitos, sensações e possibilidades de ser e viver o amor e tudo o que ele provoca na antítese de si mesmo. E nos deixamos levar pela leveza das palavras bem colocadas em frases curtas e pontuadas. Pela percepção em olhar a si e o que está por trás do olhar do outro. As tramas provocadas pelas escolhas, pelo destino, pelas consequências. Personagens que são espelhos de nós. Gente que sente, que sonha, que sofre, que busca:  A completude.

"As palavras culminam em ventania. E quem recebe o ar agitado com agrado tem o pensar desobrigado. Na longa noite, preservo a lua acima do meu nariz. Assemelho-me a um evidente aprendiz. (...) " André Marques


E como um aprendiz, personagem e autor, aproximam-se de nós, leitores,  também peregrinos nas vertentes do que o amor nos traz, nos aprisionamentos e cárceres que construímos, seja no mito que herdamos em detrimento desse sentimento, ou na libertação do nosso ser individual assumindo a des-construção do que fomos e escolher, simplesmente, amar. NEM TODOS OS AMORES CRESCEM, é uma alquimia de palavras, histórias, personagens, conflitos, substâncias e sentidos que fazem ou não coerência na complexidade de se ver, sentir e viver o estado puro, cru, duro de algo que não se domina, compreende, retém, mas se eterniza.

DRIKKA INQUIT

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