quarta-feira, 29 de novembro de 2017

ADRIANA FALA DE... O SUSPIRO DE ODIN

O amor sonhado, idealizado, vivido ao extremo do sentimento. A perda, a insuportável ausência, a constatação do vazio. A fuga de si mesmo e de todas as contradições despertadas por esse amor. O desespero do esquecimento e a reconstrução. A desilusão. A percepção de que nada se é, sem a presença do objeto amado que o impulsiona para a vida, mas que se faz inexistente de forma e convivência. O limite entre o real e o imaginário, de um amor que ultrapassa o tempo e o incomensurável do desejo da alma e do corpo. Aquele que arrasta para a perdição, e tortura a alma, escurecendo os dias e a vida, e mesmo assim, preenche todos os vazios da solidão que se faz acompanhada por imagens e sonhos e pela busca do inalcançável. O bálsamo para os momentos afligidos, a esperança, a sobrevida, alimentada por lembranças. O abandono de si, a desistência, a tragédia interior, a morte.  Nunca o esquecimento. A segunda chance, o renascer, o conflito, a busca eterna. O deus ODIN que, como um alter ego, o conduz e acompanha na experimentação do que supostamente se faz inexplicável e, talvez, irreal. O diálogo, as cartas, a forma de escrita, com espaçamentos, com ritmo e espaços para pensar, sentir, questionar e continuar... O SUSPIRO DE ODIN, primeiro livro de João Dordio, arrasta o leitor nas primeiras linhas para um universo entre o místico e ao mesmo tempo o real, no confronto entre a subjetividade e o concreto de um romance misturado com a fantasia, a poesia e o eterno questionamento do ser e das tormentas causadas por uma paixão, talvez idealizada, talvez vivida, talvez inexistente. O leitor percorre com cumplicidade e distância, com emoção e surpresa, mas nunca com indiferença. O autor despe-se em uma forma muito particular de escrita, fugindo de regras e levando o leitor ao que realmente interessa: o mergulho no que há de mais íntimo no humano, o sentir.

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2 comentários:

Toca a falar disso