quarta-feira, 16 de agosto de 2017

EU FALO DE... JOGOS DE BASTIDORES


Há muito habituei-me, a assistir de bancada, aos jogos de bastidores que muitos fazem e é tremendamente difícil, para não dizer impossível, ficar surpreendido com isso.

Tal como em outros aspectos da vida, também no universo da escrita, há sempre quem tente, por todos os meios, todas as vias, tirar proveito de uma situação ou de alguém.

Sempre foi assim. Continua a ser assim. E, infelizmente, será sempre assim.

É certo que todos, sem excepção, de forma consciente ou inconsciente, acham que a sua forma de agir é a correcta e não vêem nada de errado nas atitudes que tomam, nas palavras que dizem, naquilo que escrevem ou nos gestos que praticam.

Contra mim falo porque, para o bem e para o mal, também sou assim. O que me distingue de outros é a minha capacidade de admitir quando estou errado e, sempre que isso se justifica, ser capaz de pedir desculpas, olhos nos olhos, por algo menos correcto da minha parte e que possa ter prejudicado e/ou magoado alguém. Nunca me caiu um braço por isso.

Por outro lado, e é por muitos reconhecido, aquilo que faço, digo, pratico ou escrevo, nunca foi nem será à custa dos outros e tampouco em prejuízo de terceiros.

Da mesma forma, também não me apoio neste(a) ou naquele(a) para benefício próprio ou alcançar mais facilmente os meus objectivos.

Mas nem todos são assim, e retomando o raciocínio inicial, há quem actue, em plena consciência, apenas com o intuito de retirar todo o benefício possível dos outros, nem que para isso seja preciso passar por cima e/ou minar o que os outros constroem ou tentam construir.

Posto isto, não é segredo para ninguém o espírito empreendedor que me move quando se trata de algo relacionado com o universo da escrita em geral, e com a lusofonia em particular. De acordo com as minhas capacidades e disponibilidade, sempre que me solicitam, entrego-me de alma e coração à causa comum e contribuo, enquanto entenderem ser útil.

E é por esta minha forma de estar que, felizmente, sou requisitado diversas vezes para auxiliar em alguns projectos e/ou opinar sobre determinados aspectos de um projecto.

No entanto, nunca o faço nem poderia fazê-lo em exclusividade. Por um lado, porque quem quer consultadoria tem de pagar, e eu ajudo no que posso sempre gratuitamente, por outro lado, porque sou contra as monopolizações das actividades culturais e a favor da diversidade e multiplicidade.

Mas há quem entenda esta minha postura como sendo errada e veja a minha participação, em diversos projectos similares, como nefasta aos seus interesses. Por génese, essas opiniões em nada me afectam e não fazem mudar a postura, porquanto os meus envolvimentos são observados à luz dos comportamentos usuais de quem me julga.

As minhas colaborações em projectos idênticos não se baseiam em jogos de bastidores, tampouco são compatíveis com teorias de conspiração.

E se decidi escrever sobre este assunto foi por sentir a necessidade de dizer que, por há muito assistir de bancada aos jogos de bastidores, não me é nada difícil compreender quando esses jogos têm a mim, e aos meus próprios projectos, como alvo.

Não preciso de nenhum curso académico para perceber as jogadas e influências que se movem com o propósito de minar aquilo que tenho construído e assim prejudicar-me nos objectivos que me proponho alcançar.

Mas sou um homem prático e sei quando cortar os males pela raiz. Sei quando chega o momento certo de reagir e nunca deixo respostas por dar nem mando recados por ninguém – vou directo na fonte.

Eu até poderia continuar sossegado no meu canto a assistir aos sussurros e conversas sobre as minhas reais “motivações” e fingir não me aperceber de nada. No entanto, uma coisa é falarem o que bem entenderem sobre mim, outra bem distinta, e impossível de ficar quieto, é tentarem minar por dentro o meu projecto de divulgação. 

Jamais admitirei que um trabalho com mais de sete anos e meio saia prejudicado por causa de alguém que avalia as minhas participações/colaborações, em diversos projectos, como tendo motivações iguais às suas e intenções igualmente ocultas.

O erro cometido é não entenderem que, quando andavam a estudar para malandro, já eu dava aulas nessa universidade. Não ando neste universo da escrita há dois dias e sei distinguir muito bem o trigo do joio. E aqueles que pensam que os seus castelos de intenções têm muralhas muito altas esquecem que há quem consiga ver através da muralhas... só de olhar o posicionamento de cada pedra.

Depois digam que não avisei...


MANU DIXIT 

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