segunda-feira, 10 de julho de 2017

ADRIANA FALA DE... CLARANÃ

A poesia das raízes, da terra semi-árida, do sertão, do interior, dos sonhos de se ser além do que o destino reservou. É terra de chão batido, de sol que arde nas entranhas, que pincela de um colorido especial a vida ingrata e que canta ao vento as maravilhas do amor e do tempo.

Claranã, de Cida Pedrosa é poesia tipicamente regionalista e puramente brasileira, aquela que enaltece os muitos artistas das palavras que, como ela, sangram suas dores e amores, usando o sentimento real e concreto nas letras que se juntam, tão bem colocadas em verso.

E é essa claridade, essa luz que ilumina cada página desse livro tão cuidadosamente construído, o chorar que se transfigura desaguando nas águas da vida renhida, o cantar que enobrece a alma sofrida, e as histórias de vida. A referência poética, que também superou as barreiras da dislexia, desabrocha, despida dos preconceitos da cidade grande, canta as belezas do seu interior, como poeta e como mulher da terra.

Um trabalho precioso, de métrica e rimas, que embala e convida a olhar o outro lado da vida, um pouco mais sofrida, com o que se tem de mais precioso, a fé e a arte da escrita.

Um abraço tropical,
Adriana Mayrinck

DRIKKA INQUIT

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