quarta-feira, 4 de novembro de 2015

EU FALO DE... LUSOFONIA


Lembro-me que em 2013, aquando do lançamento do meu livro POETAS QUE SOU, justifiquei a elaboração daquele trabalho com o facto de considerar-me um cidadão português mas autor lusófono. Desde essa altura a minha perspectiva tem-se confirmado correcta e têm sido muitas as circunstâncias que dão o cunho de verdade a esse epíteto.

Uma das mais recentes aconteceu este ano com o convite para a minha participação na antologia ENTRE O SAMBA, O FADO E A POESIA, comemorativa do II Encontro de Poetas da Língua Portuguesa que se realizou em cinco etapas: as duas primeiras no Brasil (Rio de Janeiro e Niterói), duas em Lisboa (uma co-organizada entre mim e o poeta e amigo Alexandre Carvalho, na Livraria Desassossego, e a outra co-organizada pelos poetas José Manuel Martins Pedro e João Bernardino, num restaurante da Portela), e a mais recente foi em Outubro, na cidade suiça de Genebra, conduzida pela mentora deste projecto: Mariza Sorriso.

Desde o primeiro momento, em finais de 2013, quando a poetisa Mariza Sorriso revelou a sua intenção de iniciar este projecto cultural, tem-se observado um interesse crescente por parte dos autores lusófonos. O que começou quase como um projecto luso-brasileiro depressa se foi transformando em algo mais abrangente e, este ano, alargou-se o leque de países representados. É minha convicção que, em 2016, esse número vai aumentar e que a iniciativa tem bases seguras para se afirmar como um dos eventos mais esperados pelos autores de língua portuguesa.

Feito o balanço e perante o sucesso já alcançado, com a adesão e o interesse revelado por vários autores dos países lusófonos, encetaram-se os primeiros contactos com vista à realização do III Encontro de Poetas de Língua Portuguesa, que em 2016 terá Lisboa como anfitriã.

E se mais razões não existissem deixo-vos uma de peso:

Se atentarmos ao facto da língua portuguesa ser falada por mais de 270 milhões de pessoas, não faz sentido ficarmos limitados ao espaço geográfico dos nossos países de origem. O universo lusófono é imenso e, apesar dos atropelos que nos querem obrigar a cometer, é em português que todo este universo se entende. As potencialidades que a língua portuguesa encerra abrem-nos as portas do mundo actual e só quem se restringe ao óbvio não entende o quanto temos a ganhar com a união cultural dos países lusófonos.

Felizmente existem pessoas com a visão certa e o empenho necessário para levar a bom porto iniciativas conjuntas com o simples propósito de valorizar o património comum: a língua portuguesa.

MANU DIXIT




2 comentários:

Toca a falar disso